É um dispositivo eletrônico que atenua as impurezas provenientes da rede elétrica, tais como interferência eletromagnética (EMI) e de rádio frequência (RFI) protegendo os equipamentos contra ruídos. Alguns filtros de linha também apresentam proteção contra surtos provenientes de descargas atmosféricas e picos de tensão, pois possuem componentes para esta proteção. Outros modelos oferecem ainda, proteção para linha telefônica e antena (TV/FM). Sua principal função é preservar e aumentar a vida útil dos equipamentos eletrônicos.

A interferência eletromagnética é um distúrbio de emissão provocado pelos circuitos internos dos equipamentos e também por eventos naturais que atingem a rede elétrica causando uma resposta indesejada, mau funcionamento ou degradação de performance de equipamentos. Por sua vez, a interferência por radiofreqüência é uma energia elétrica contida dentro do espectro das transmissões de ondas de rádio. A RFI conduzida é mais facilmente encontrada nas freqüências de alguns KHz até 30MHz. A RFI por irradiação é encontrada na faixa de freqüência que vai dos 30MHz até 10GHz.

São usados para atenuação ou supressão de interferências em diversos equipamentos, conhecidos como filtros de RFI/EMI ou filtros de linha, sua função consiste em reduzir a interferência gerada por componentes, circuitos eletrônicos ou eletromecânicos a níveis aceitáveis e minimizar indesejáveis realimentações para a rede elétrica ou fonte primaria de energia. Somente um filtro minuciosamente projetado, conforme as necessidades dos circuitos, realizará eficientemente essas funções.

No Brasil usam-se como referência várias normas internacionais, mas a principal base normativa é a CISPR (Comitê Internacinal Especial das Pertubações Radioelétricas), uma subdivisão da IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional).

Com relação aos níveis máximos admissíveis de rádio interferência e os métodos de medição, considera-se como referência as publicações CISPR números 09, 11, 14 e 16. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), utiliza textos publicados pelo COBEL (Comitê Brasileiro de Eletricidade), que é referência para o setor no Brasil e suas publicações também são baseadas em normativas da CISPR.